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Papa libera cardeais para antecipar conclave:
Papa Bento XVI em seu último encontro com o clero da Diocese de Roma (Foto: EFE)
O papa Bento XVI abriu caminho nesta segunda-feira (25/02) para que o próximo conclave possa ser antecipado pelo Colégio de Cardeais. Ele publicou um "motu proprio" (normativa da Igreja Católica emitida pelo papa) admitindo a possibilidade de antecipação da escolha do seu sucessor.
Pelas regras da Igreja, a partir do momento no qual começa a Sé Vacante, o período entre a morte ou renúncia do papa e a eleição do sucessor, é preciso se esperar quinze dias completos para começar o conclave. "Mas deixo ao Colégio Cardinalício a faculdade de antecipar o início do conclave se constar que estão presentes todos os cardeais eleitores, como também a possibilidade de atrasá-lo se há motivos graves. No entanto, transcorridos vinte dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais presentes têm que proceder a eleição", explicou o papa no documento.
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A Sé Vacante começará exatamente após a saída definitiva de Bento XVI do pontificado, prevista para ocorrer às 20h de Roma (16h de Brasília) de 28 de fevereiro.Especula-se que um dos motivos para antecipação do Conclave seria o temor de que a escolha do próximo papa demore e chegue à Páscoa, por causa das disputas internas no Vaticano, que teriam aumentado desde o anúncio da renúncia.
Escândalo
Nesta segunda-feira, o papa Bento XVI também aceitou a renúncia por "motivos de idade" do cardeal britânico Keith O'Brien, arcebispo de Edimburgo (Escócia e Reino Unido), informou o Vaticano. O'Brien é um dos 117 cardeais que iriam participar do próximo conclave para escolher o novo papa, mas teria renunciado após ter sido acusado de "comportamento inadequado" em relação a outros religiosos na década de 80.
Bento XVI se reuniu ainda com os três cardeais que investigaram o escândalo "Vatileaks": o espanhol Julian Herranz, o italiano Salvatore De Giorgi e o eslovaco Jozef Tomko. Os três formaram a Comissão Cardenalícia criada por Bento XVI para esclarecer o roubo e o vazamento de documentos pessoais enviados ao papa e do Vaticano, que levaram à detenção e à condenação por roubo do seu ex-mordomo, Paolo Gabriele.
Segundo fontes do Vaticano, em vez de deixar a documentação arquivada, o papa passará os dois relatórios ao próximo pontífice