Bento XVI diz que renunciou "em plena liberdade pelo bem da Igreja"

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Bento XVI diz que renunciou "em plena liberdade pelo bem da Igreja":

Papa Bento XVI (Foto: Getty Images)

O papa Bento XVI disse nesta quarta-feira (13/02) que renunciou ao Pontificado "em plena liberdade pelo bem da Igreja". A declaração foi dada no começo da audiência pública das quartas-feiras na primeira aparição depois de anunciar que irá deixar o posto em 28 de fevereiro devido à sua idade avançada e à falta de forças para exercer o cargo.
"Queridos irmãos e irmãs, como sabem, decidi renunciar ao Ministério que o Senhor me confiou em 19 de abril 2005. Eu o fiz em plena liberdade para o bem da Igreja, após ter orado longamente e após examinar minha consciência perante Deus", disse o papa a cerca de 10 mil fiéis que lotaram a Sala Paulo VI do Vaticano.
"Me apoia e me ilumina a certeza de que a Igreja é de Cristo, o que nunca deixará faltar sua orientação e seu cuidado. Obrigada a todos pelo amor e a oração com que me acompanharam. Continuem orando pelo papa e pela Igreja", concluiu, o papa Ratzinger, que disse ser "consciente da importância do fato, mas também consciente de não ser capaz de cumprir o Ministério petrino com a força física e o espírito necessários".

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Às 7h44 desta quarta, o papa entrou na sala e foi ovacionado por fiéis que gritaram frases de carinho e exibiram bandeiras de vários países. Ele entrou sozinho, acompanhado a vários metros de distância por seu secretário pessoal e prefeito da Casa Pontifícia, Georg Gänswein, sorriu e acenou com as mãos para responder ao carinho dos presentes, sob hinos católicos.
Bento XVI abandonará o Vaticano em 28 de fevereiro às 17h de Roma (14h de Brasília), três horas antes de que seja consumada sua renúncia ao Pontificado, segundo informou o porta-voz vaticano, Federico Lombardi. O Conclave para escolher o novo papa começará entre 15 e 20 de março.
A lei vaticana estabelece que o Conclave de cardeais comece entre 15 e 20 dias depois do início da chamada Sé Vacante, o tempo que vai desde a morte ou renúncia de um papa até a eleição do seguinte, para permitir que todos os cardeais do mundo compareçam a Roma.