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Van usada em estupro tinha 14 multas, duas aplicadas no Rio:
Wallace Aparecido Souza Silva, Carlos Armando Costa dos Santos e Jonathan Foudakis de Souza, suspeitos de participar do estupro da turista americana e do espancamento do namorado dela na van no Rio de Janeiro (Foto: Márcio Alves/Agência O Globo)
A van placa KWC-4497, onde uma turista estrangeira foi estuprada no dia 30 de março, tinha 14 multas aplicadas desde fevereiro do ano passado. Do total de autos de infração, dois ocorreram no Rio. Onze foram em São Gonçalo e um em Itaboraí, cidades da região metropolitana. O veículo não tinha autorização para transportar passageiros nas ruas do município do Rio.
A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), que emitiu as multas, afirma que os dois autos de infração não implicavam a apreensão da van. A primeira multa no Rio (leve no valor de R$ 53,20) ocorreu por volta das 19 horas do dia 1º de junho de 2012 na avenida Presidente Vargas, próximo à estação Central do Brasil, quando a van trafegava na faixa exclusiva para ônibus. A SMTR diz que a infração foi registrada por equipamento eletrônico. Dois meses depois, às quatro e meia da madrugada de um domingo, dia 12 de agosto, houve nova multa no cruzamento das avenidas República do Paraguai e Mem de Sá, entrada da Lapa, um bairro boêmio do centro da cidade. O motivo da infração foi "desobediência às ordens da autoridade de trânsito" (multa grave, no valor de R$ 127,69). A Lapa era o destino da jovem turista e o namorado dela, quando os dois embarcaram em Copacabana na van dirigida pelos estupradores e acabaram torturados por seis horas.
>>Ruth de Aquino: O ônibus e a van
Desde outubro do ano passado, a prefeitura carioca conta com uma espécie de xerife no combate ao transporte clandestino de vans. O delegado da Polícia Civil Claudio Ferraz, conhecido por combater milícias, disse recentemente à imprensa que se a van tivesse passado por uma blitz fatalmente seria apreendida.
O relatório de multas mostra que a maioria delas ocorreu em São Gonçalo, onde a van mais circulava, por estacionamento irregular em área de embarque e desembarque de passageiros. O documento não aponta quem eram os motoristas quando os autos de infração foram aplicados. A van pertence a Fabrício Soares, que alugara o veículo para os bandidos, mas não está envolvido no crime contra a turista.