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Nicolás Maduro é eleito presidente da Venezuela com 50,66% dos votos:
O novo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemora sua vitória no Palácio Miraflores, em Caracas, na Venezuela (Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ)
Maduro, um dos mais incondicionais colaboradores de Chávez durante os últimos 20 anos e fama de ser um negociador, defendeu como "legal" e "constitucional" sua eleição como presidente, apesar de ter ganhado com 7.505.338 votos, pouco mais de 200 mil votos sobre Capriles, que obteve 7.270.403.
Alguns o avaliam como radical e todos concordam em sua indiscutível lealdade ao projeto de Chávez, do qual não se separou nos últimos 20 meses enquanto o presidente lutava contra um câncer.
Chávez o escolheu como seu sucessor político e coube a ele anunciar a morte do líder da revolução bolivariana. Maduro liderou uma campanha completamente focada em sua figura, repetindo que é "filho" do governante e prometendo continuar seu legado seguindo ponto por ponto seu programa político.
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O novo presidente tem 51 anos, foi motorista de ônibus e participou desde o início do movimento de esquerda fundado por Hugo Chávez. Em 2000, foi eleito deputado da Assembleia Nacional, e em 2006, assumiu o cargo de Ministro das Relações Exteriores do governo de Chávez, e se manteve na função até ser designado vice-presidente do país.
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Assumiu interinamente a Presidência da Venezuela, quando Chávez teve de se afastar de suas funções de presidente para tratar o câncer. Foi escolhido, pelo próprio Chávez, para ser seu herdeiro político. Maduro continuou como presidente do país após a morte de Chávez e durante o período eleitoral. Sua estratégia de campanha buscou vinculá-lo fortemente à imagem do líder venezuelano.
Perfil
Nascido em Caracas em 1962 e criado na popular bairro de Valle, Nicolás Maduro é um esquerdista convicto que se iniciou no Ensino Médio como líder estudantil. Sem passar pela universidade, trabalhou como motorista de ônibus, condutor do metrô de Caracas, chegando a ser um destacado líder sindical nos anos 90.
Conheceu Chávez enquanto ele cumpria pena em prisão por seu fracassado golpe de Estado de 1992, em um momento em que vários grupos se aproximavam do tenente-coronel.
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Nesse contexto também conheceu sua esposa, a advogada e antiga líder parlamentar do chavismo, Cilia Flores (nove anos mais velha que ele), uma das advogadas que assessoravam Chávez.De sorriso amplo, contribuiu para a fundação do partido que levou o líder ao poder, o Movimento V República (MVR), sendo eleito deputado em 2000, após ter participado da redação da nova Constituição Bolivariana de 1999.
Em janeiro de 2006 foi designado presidente do Parlamento, um cargo no qual ficou sete meses, já que em agosto daquele mesmo ano recebeu o cargo que lhe daria projeção internacional: o de ministro das Relações Exteriores.
"É uma pessoa no trato pessoal muito cordial, com bom senso de humor, mas quando tem que apertar aperta e com o adversário é duro, certamente", assegura o jornalista e ex-vice-ministro de Relações Exteriores Vladimir Villegas, que estudou na mesma escola que Maduro.
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Seus opositores o acusam de ter destroçado a Chancelaria, tirando diplomatas de carreira e colocando gente que lhe tinha acompanhado durante sua vida laboral e que terminou entrando no Ministério das Relações Exteriores junto com ele.