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Pelé foi investigado pela ditadura militar, revelam documentos

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Pelé foi investigado pela ditadura militar, revelam documentos:

Pelé (Foto: Getty Images)
Pelé (Foto: Getty Images)

Documentos divulgados ao público nesta segunda-feira (01/04) revelam que Pelé foi uma das personalidades investigadas pela ditadura militar.
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, inaugurou hoje o site "Memória política e resistência", que coloca novos documentos da ditadura à disposição do público na internet.
A ficha de Pelé, que aparece na página principal do portal, descreve em 11 páginas os movimentos financeiros do ex-jogador, recortes de imprensa com especial destaque para um atentado a tiros em 1973 contra a casa do eterno ídolo do Santos e da seleção, e todos os boletins policiais desse fato.
Segundo os novos dados, entre os milhares de "fichados" pelo regime militar aparecem, além do principal ídolo do futebol do país, o escritor Monteiro Lobato (1882-1948) e a escritora e jornalista Patrícia Galvão "Pagú" (1910-1962).
Os dois escritores morreram antes da chegada dos militares ao poder em 1964, mas suas fichas estavam nos arquivos da polícia de São Paulo, encarregada de investigar ativistas desde décadas antes do golpe.
No total, o portal contém 274.105 arquivos sobre pessoas investigadas, disponíveis agora em formato digital, e 12.874 relatórios, mais breves, sobre particulares em São Paulo.
Além disso, também divulgou outras 39.996 fichas pessoais elaboradas na cidade de Santos.
"As pessoas podem ter acesso de casa, não há senhas e tudo é público, porque é muito importante o sentido de transparência de informação para as famílias das vítimas do período da ditadura", afirmou Alckmin em comunicado do governo estadual.
A iniciativa, que conta com o apoio da Presidência da República, ministérios, universidades e outras entidades públicas, pretende digitalizar até 2014 outras 154 mil fichas e 2.331 arquivos do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops), que operava na época como organismo de inteligência em São Paulo.
Entre os arquivos aparece a lista de pessoas que visitavam o departamento, incluídos membros do Consulado dos Estados Unidos e altos executivos da indústria paulista, segundo o comunicado.

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