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Extraído do Blog Trocistas
Minhas Sinceras Desculpas
Esses dias assisti o espetáculo “Minhas sinceras desculpas”, um monólogo de Eduardo Sterblich num Vivo Rio lotado³. Uma tentativa de “teatralizar” o stand up. O ator conta histórias da vida dele e dos amigos, além de fazer críticas à sociedade em relação aos comportamentos gerados pelo dinheiro (seja ao ter muito ou ao não ter nenhum), ao fato do público estar ali pelo sucesso do comediante na tv e por rir de qualquer coisa que o ator diga, na visão do Eduardo isso seria uma prova da vulgarização da risada.
Eduardo estava acompanhado de uma banda que só tocava enquanto passavam alguns vídeos durante as pausas que ele fazia. Dois dos quatro vídeos tinham alguma relação com a peça. Dos outros dois que não faziam sentido no contexto da peça, um era de uma cirurgia, cujo qual achei desnecessário, pois alguns estavam comendo e com certeza perderam o apetite com as cenas.
A banda é realmente muito boa, mas é pouco aproveitada no espetáculo. Eduardo explica que a banda é para compensar o custo da peça, caso as pessoas não gostem da performance dele. O nome do espetáculo também é explicado nesta mesma linha, nas palavras dele: “quem não gostar, estou me desculpando antes”, e revela que o teor do espetáculo é simples: apenas as verdades próprias dele.
Outra coisa totalmente desnecessária foi a entrada de um homem pelado correndo no palco. Eduardo faz isso para mostrar que a plateia burra riria de qualquer coisa e que não deveríamos banalizar tanto o riso. Sem falar nas muitas repetições que ele faz, insiste em palavras ou ações até a plateia rir, o que é chato.
Deixando as críticas de lado, em meio disso há MUITA coisa engraçada em suas histórias envolvendo sua família, amigos, o pessoal da banda, explicações a cerca das escolhas para a peça, como se houvesse necessidade de fazer com que tudo fizesse um sentido, mesmo que sem ter, de fato, sentido e com suas críticas, que, se interpretadas de forma correta, faz-nos pensar melhor em alguns pontos do nosso próprio cotidiano social e particular, mas que também podem ser vistas com péssimos olhos se interpretadas de maneira rigorosa, que revela um pouco de desentendimento do que é o humor. A apresentação consegue atingir seu objetivo de fazer rir bastante. Sua admiração por Paulo Autran e tê-lo como ídolo no teatro, é elogiável.
Recomendo a todos assistirem e tirarem suas próprias conclusões.
Esse vídeo é apenas uma pequena parte do que ele faz usando a banda.