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Extraído do EXTRA
Seu Madruga é atração em Ilha Grande
De dia, ele é facilmente encontrado pelas ruas da conhecida Vila do Abraão, fumando, pacato, seu cigarrinho. À noite, costuma mostrar seus dotes musicais ao triângulo nas rodas de forró com amigos. Para quem nunca demonstrou muito interesse pelo trabalho, Seu Madruga parece estar levando a vida que pediu a Deus...
— Que nada, moça! Só me divirto nas horas vagas. Sou servente, faço serviço geral. Pego em enxada, foice, machado, vassoura, pincel... o que me mandarem! Não fujo de trabalho, não. Sou miúdo assim, mas tenho força — intervém Ivan Pereira do Nascimento, de 58 anos, mais conhecido como o Seu Madruga de Ilha Grande.
Sósia do querido personagem do seriado “Chaves”, Seu Ivan faz a alegria da legião de fãs saudosos do ator mexicano Ramón Goméz Valdés y Castillo, que morreu aos 64 anos, em 1988.
— Gosto de fazer as pessoas sorrirem, é o que me deixa mais satisfeito. Sabe, moça, sempre quis ser palhaço. Como Seu Madruga, percebi que consigo colocar esse meu lado pra fora. Brinco, tiro foto, dou até autógrafo... Todo palhaço é assim.
Semelhança revelada no carnaval
A espantosa semelhança física com o personagem famoso, conta Ivan, só veio à tona há seis anos, durante um carnaval na Ilha Grande. Alguém notou que ele, fazendo uma careta, lembrava a carrancuda figura da televisão e lhe colocou o apelido. Logo depois, uma prima o presenteou com o chapéu característico. Desde então, o nativo começou a se vestir exatamente como seu “muso inspirador”.
— Só tenho roupa assim: camiseta escura, calça jeans, tênis branco ou, quando estou mais esporte, uma sandalinha de dedo — conta Ivan, que se diverte com comparações e assume: — Acho mesmo que lembro o Madruga. O modo de andar, as costeletas,
o bigode, as brincadeiras... Quando dá, eu vejo o programa para imitar melhor.
Pai de um casal de filhos de 25 e 23 anos, Ivan conta que a moça fica “vexada”, temendo ser chamada de Chiquinha por aí. Mas leva as coincidências na brincadeira...
— Minha filha é figurante da Globo, mas nunca quis me levar lá. Disse que o meu tempo ainda vai chegar... Quem sabe o pessoal do “Pânico” não me descobre aqui e me leva para a TV? A esperança é a última que morre! — sugere Ivan, sinalizando o desejo com um senão: — Só não ando de avião de jeito nenhum! Tenho o maior medo. Chego até o sucesso de barco, de carro, de bicicleta, de lambreta, de qualquer outro jeito, mas eu chego.