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Na reta final da Copa, Taça chega ao Rio e Fifa pressiona São Paulo
Jefferson Puff
Da BBC Brasil no Rio de Janeiro
Atualizado em 22 de abril, 2014 - 17:50 (Brasília) 20:50 GMT
Taça foi exibida numa tenda ao lado do estádio do Maracanã
A menos de dois meses do Mundial, a Taça da Copa do Mundo chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira, após percorrer 89 países.
Em São Paulo, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, disse que a cidade não tem "um minuto a perder" e que as obras do Itaquerão devem ficar prontas na última hora, mas que não há plano B para o jogo de abertura, no dia 12 de junho.
Antes de a bola começar a rolar entre Brasil e Croácia na capital paulista, no entanto, ainda há muito o que fazer.
Parte das telhas do teto da área Norte do estádio precisa ser instalada, e ainda faltam as estruturas temporárias necessárias para o megaevento, tais como tendas para a recepção aos jornalistas e locais para a colocação de geradores de equipes de TV.
Valcke aproveitou o início do seu último tour de vistoria dos estádios ainda em obras para pressionar os organizadores e disse que "não há tempo a perder. Nem um minuto nesses 50 dias finais".
Se em São Paulo o clima foi de tensão e apreensão em torno do que ainda está pendente, na capital fluminense outro tour também teve início, mas em clima mais festivo.
A Taça da Fifa chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) ainda na noite de segunda-feira, e foi exibida numa tenda ao lado do Maracanã a um grupo de jornalistas no começo da manhã.
O evento contou com a presença de Carlos Alberto Torres, capitão da seleção brasileira de 1970, e Walter de Gregorio, diretor de comunicação da Fifa.
O local foi aberto para visitação pública pouco após o término da apresentação. Além da Taça, há uma exposição interativa, vídeos sobre o Mundial e os visitantes também podem ver todas as bolas oficiais entre 1970 e 2014.
A Taça rodará 26 capitais do país a partir de sexta-feira.
Empolgação e paciência
Questionado pela BBC Brasil sobre o ambiente do país na reta final para a competição, Carlos Alberto disse acreditar que as manifestações darão lugar a um clima de alegria e empolgação.
"Com certeza vai haver apoio do povo à Copa e à seleção. Basta a bola começar a rolar. Não só pela alegria contagiante, pela competição, o clima, mas pela nossa paixão pelo futebol", disse.
Já o diretor de comunicação da Fifa, Walter de Gregorio, disse à BBC Brasil que acompanhou à distância a visita de Valcke a São Paulo e que o objetivo da entidade é "encontrar soluções".
"Se estamos preocupados? Se a Fifa está preocupada? Claro que sim. Seria melhor ter os estádios prontos agora do que ter que esperar. Mas eu sei que o empenho é o de destravar a situação e encontrar soluções", disse.
Sobre os aeroportos, desconversou e disse que mesmo em países europeus é preciso ter paciência nos grandes terminais aéreos quando há grandes eventos em curso. Especificamente questionado sobre os atrasos nas obras, disse que neste ponto o que a Fifa pode recomendar aos torcedores é "ter paciência".
Para Viviane Nunes, de 36 anos, José Nunes, de 41 anos, e seus filhos José e Júlia, de respectivamente dez e sete anos - que estavam no Maracanã para assistir à chegada da Taça -, o clima de Copa já começou.
"Concordo com as razões das manifestações, mas a hora já passou. Eu acho que quando a festa começar, vai ter animação. Uma vez que a bola rolar, o povo vai se empolgar, como sempre", opinou a pedagoga.