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Sarney e Demóstenes batem boca no Senado e depois fazem as pazes
Demóstenes reagiu porque Sarney aceitou o encaminhamento dos governistas de inverter a pauta da Casa
Agência Estado
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), protagonizaram um início de bate-boca nesta terça-feira (06). Normalmente comedidos, eles elevarem o tom da voz e foi preciso que outros senadores interviessem para que não esticassem o confronto.
Demóstenes reagiu porque Sarney aceitou o encaminhamento dos governistas de inverter a pauta, priorizando a leitura do terceiro dia de discussão sobre a Desvinculação de Receitas da União (DRU), em detrimento do projeto de regulamentação da chamada emenda 29, que prevê mais recursos para a área da saúde. Irritado, o líder do DEM disse que a inversão da pauta não poderia ser aprovada.
"A presidente (Dilma Rousseff) disse: vamos 'tratorar'. Mas uma coisa que baliza nossa atuação é a palavra. O entendimento feito está rasgado", protestou Demóstenes, do meio do plenário.
No comando da sessão, Sarney alegou que a inversão da pauta era regimental, porque a regulamentação da emenda 29 não estava em votação. Disse ainda que os líderes haviam concordado, na semana passada, em aguardar a posição do governo sobre a proposta de dar mais dinheiro para saúde. Ao que Demóstenes pediu que não o incluísse num acordo que não existiu.
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"Não use de minha concordância para determinar procedimentos para que V. Exa. e o governo burlem de maneira torpe o entendimento que fizemos", disse. "O que houve é que V. Exa. descumpriu o acordo; não tente me colocar no meio disso", acrescentou.
Sarney disse que cumpria o regimento. Em seguida, deu ordem para retirar a palavra "torpe" das notas taquigráficas, o que terminou ocorrendo. Pouco depois, o presidente do Senado deixou a Mesa e se dirigiu ao plenário, na direção do líder do DEM. E lá, visivelmente abalado, dedo em riste, pediu ao líder que se desculpasse.
"Você me deve desculpas, você me respeite", afirmou contido pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) para que não se atracasse com o senador 31 anos mais jovem do que ele. Sarney deixou a sessão e foi para seu gabinete. Demóstenes pediu desculpas no microfone do plenário. Mais tarde, ele procurou Sarney no gabinete e fizeram as pazes.
"A presidente (Dilma Rousseff) disse: vamos 'tratorar'. Mas uma coisa que baliza nossa atuação é a palavra. O entendimento feito está rasgado", protestou Demóstenes, do meio do plenário.
No comando da sessão, Sarney alegou que a inversão da pauta era regimental, porque a regulamentação da emenda 29 não estava em votação. Disse ainda que os líderes haviam concordado, na semana passada, em aguardar a posição do governo sobre a proposta de dar mais dinheiro para saúde. Ao que Demóstenes pediu que não o incluísse num acordo que não existiu.
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"Não use de minha concordância para determinar procedimentos para que V. Exa. e o governo burlem de maneira torpe o entendimento que fizemos", disse. "O que houve é que V. Exa. descumpriu o acordo; não tente me colocar no meio disso", acrescentou.
Sarney disse que cumpria o regimento. Em seguida, deu ordem para retirar a palavra "torpe" das notas taquigráficas, o que terminou ocorrendo. Pouco depois, o presidente do Senado deixou a Mesa e se dirigiu ao plenário, na direção do líder do DEM. E lá, visivelmente abalado, dedo em riste, pediu ao líder que se desculpasse.
"Você me deve desculpas, você me respeite", afirmou contido pelo senador Fernando Collor (PTB-AL) para que não se atracasse com o senador 31 anos mais jovem do que ele. Sarney deixou a sessão e foi para seu gabinete. Demóstenes pediu desculpas no microfone do plenário. Mais tarde, ele procurou Sarney no gabinete e fizeram as pazes.